terça-feira, 28 de junho de 2011

Lendo e conhecendo...

As dicas de hoje são para conhecimento e aprendizagem através de exemplos do esporte e da arte.
Confira!

* Cartas a uma jovem Atriz - Marília Pêra



Em "Cartas a uma Jovem Atriz", Marília Pêra narra momentos de sua vida e as experiências que teve - desde a infância, na qual se destaca a influência de seus pais, atores, em sua formação artística, até a fase adulta, quando o leitor pode tomar contato com um pouco da história da dramaturgia brasileira.

* Fora do Comum - Tony Dungy, Nathan Whitaker

Nenhum outro livro representa tão bem o espírito desta coleção quanto Fora do comum. Escrito por um dos maiores técnicos do futebol americano, ele fala sobre a essência da vida, valores humanos, a força e da fé e a importância de se liderar pelo exemplo. Tony Dungy possui uma retidão de caráter admirável e conquistou os maiores títulos do esporte sem jamais se deixar seduzir pelo caminho mais fácil. É muito comum atletas ficarem deslumbrados com a fama e o dinheiro e acabarem metendo os pés pelas mãos. A narrativa de Tony Dungy é um convite à reflexão sobre a profunda influência que treinadores, líderes e pais exercem nos jovens. Eles nos veem como modelo, portanto precisamos ensinar que nosso valor como pessoa não é medido pelas vitórias, mas pelos princípios que nos impulsionam a alcançá-las. Mas não pense que tamanha preocupação com a moral resulta em falta de vontade de vencer. Pelo contrário. Dungy é um campeão de recordes e acumulou diversos prêmios ao longo de sua bem-sucedida carreira. Extremamente exigente em campo, sabe muito bem o que esperar de cada jogador. Disciplina, responsabilidade e comprometimento são algumas de suas palavras-chave. Este livro é um verdadeiro manual de conduta, um livro que transcende o universo esportivo e nos faz pensar em nosso papel na sociedade: mostrar que ética, respeito, humildade e autoaperfeiçoamento são as bases da realização.

* Chagall - Jackie Wullschlager

A trajetória do pintor Marc Chagall (1887-1985), um dos expoentes do modernismo europeu, está registrada nas mais de 700 páginas de Chagall, de Jackie Wullschlager. O artista é fruto de Vitebsk, no então Território do Assentamento, onde Catarina, aGrande confinara todos os judeus de seu império. Mas a Revolução Russa e duas guerras mundiais o levaram para o exílio, onde teve a oportunidade de pintar a história do século XX como nenhum outro. O pintor terminou seus dias como um mestre em Paris. O livro mostra que o período em Vitebsk, além de legar uma relação desesperada com a comida, tingiu o cotidiano do pintor com as tradições judias ortodoxas, uma segunda realidade palpável no cerne da vida diária e tema recorrente em suas pinturas, ao lado de questões como nascimento, amor e morte. O artista sempre sofreu com a ambivalência de seu relacionamento com a Rússia e tinha dúvidas quanto a seu lugar na tradição artística do país. Havia nele um misto de autopiedade e excessiva autoconfiança. Quando jovem, identificava-se com Cristo, tanto na qualidade de judeu perseguido como na de um espírito radical e criativo, mas incompreendido. Na velhice, perguntava a todos ''Você ama Chagall'', como se ele fosse uma reputação e não uma pessoa viva. Mas o diferencial da obra de Wullschlager é a percepção do temperamento vulnerável do artista e sua extrema dependência das mulheres. Chagall era reverenciado e protegido pela mãe e buscaria estender esse tipo de relação a todas as suas futuras companheiras, sempre emocionalmente poderosas e socialmente bem posicionadas. Bella Rosenfeld, sua primeira esposa, foi o elo com Vitebsk no exílio. ''Nunca termino um quadro ou uma gravura sem pedir que ela diga sim ou não''. Apenas a uma de suas mulheres foi difícil agradar: a Rússia.

Boa Leitura!!!

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