terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Livros para vestibular da Fuvest e Unicamp

Os livros de leitura obrigatória para o vestibular 2012 da Fuvest e Unicamp, continuam quase os mesmos, com apenas três mudanças.
Confira a lista completa:
"Auto da barca do inferno", de Gil Vicente;

Os textos dos "Clássicos Saraiva" são versões integrais que oferecem ao jovem leitor e ao público em geral um amplo panorama de leituras fundamentais. Cada livro traz como leitura de apoio várias seções no seu final: Diários de um Clássico - informações sobre o autor, sua obra, a linguagem e o estilo que o marcaram, além de referências sobre a sociedade em que viveu e muito mais; Contextualização Histórica - um painel de textos de outros autores da mesma época; Entrevista Imaginária - uma conversa fictícia com o autor. Cada volume dos "Clássicos Saraiva" contém um Suplemento de Atividades para o aluno. Autor central do Humanismo ibérico, considerado o primeiro dramaturgo português, Gil Vicente, em "Alto da barca do inferno", mescla os registros eruditos e popular, forma religiosa e sátira social, em um contexto de transição da Idade Media para o Renascimento. Trata-se de sua obra mais famosa, um marco na história da literatura de língua portuguesa.

"Memórias de um sargento de milícias", de Manuel Antônio de Almeida;

Este livro é considerado um dos mais importantes romances brasileiros e inscreveu-se de forma permanente na história da literatura. Seu estilo leve, ágil e seus personagens que oscilam entre a malandragem e a ironia fizeram dela uma obra única no cenário do século XIX








"Iracema", de José de Alencar;

Iracema, a virgem tabajara consagrada a Tupã, apaixona-se por Martim, guerreiro branco, inimigo de seu povo. Por esse amor abandona a tribo, tornando-se sua esposa. Ao perceber, mais tarde, que Martim sente saudades de sua terra e talvez de alguma mulher, começa a sofrer. Tem o filho, Moacir, enquanto Martim está lutando em outras regiões. Quando ele volta, Iracema está prestes a morrer. A virgem dos lábios de mel tornou-se símbolo do Ceará, e seu filho, Moacir, representa o primeiro cearense, fruto da integração das duas raças






"Dom Casmurro", de Machado de Assis;

Dom Casmurro. Um dos mais famosos romances brasileiros de todos os tempos, tem como protagonista o mais-que-famoso par central Bentinho e Capitu - além de conter o caso narrativo mais discutido de nossa literatura, a traição (ou não) de Capitu. E como outras obras de Machado da última fase, também apresenta um retrato penetrante de aspectos definidores de nossas elites. Fixação do texto e notas por Manoel Mourivaldo Santiago Almeida (professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP; sócio correspondente da Academia Brasileira de Filologia). Prefácio de John Gledson (mestre em estudos hispânicos pela Universidade St. Andrews; doutor em literatura comparada pela Universidade de Princeton).


"O cortiço ", de Aluísio Azevedo;

Os textos dos "Clássicos Saraiva" são versões integrais que oferecem ao jovem leitor e ao público em geral um amplo panorama de leituras fundamentais. Cada livro traz como leitura de apoio várias seções no seu final: Diários de um Clássico - informações sobre o autor, sua obra, a linguagem e o estilo que o marcaram, além de referências sobre a sociedade em que viveu e muito mais; Contextualização Histórica - um painel de textos de outros autores da mesma época; Entrevista Imaginária - uma conversa fictícia com o autor. Cada volume dos "Clássicos Saraiva" contém um Suplemento de Atividades para o aluno. Maior nome do Naturalismo na literatura brasileira, Aluísio Azevedo consegui atingir uma das mais cruas representações da realidade. Em "O cortiço", a própria massa humana de miseráveis torna-se protagonista da narrativa, vivendo na limiar entre o mundo da cultura e as mais brutas forças da natureza.

"A cidade e as serras", de Eça de Queirós;

O conflito entre a vida rural e a urbana é retratado através da história de Jacinto, um ardoroso defensor do progresso técnico e da modernização. De Paris para a serra portuguesa, ele faz também uma viagem pessoal de descoberta e mudança. Texto integral enriquecido com notas explicativas. Suplemento de Leitura com questões dos grandes vestibulares.







"Vidas secas", de Graciliano Ramos;

"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá  de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxaguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.






"Capitães da areia", de Jorge Amado;

Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira, com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas estrangeiros. A obra teve também adaptações para o rádio, teatro e cinema. Documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de beleza, dramaticidade e lirismo.




Antologia poética ", de Vinícius de Moraes.

Vinicius de Moraes tinha o "fôlego dos românticos" e a "liberdade dos modernos", na expressão de Manuel Bandeira, que participou da edição da primeira antologia do autor no começo dos anos 50. Cinco décadas depois, uma outra seleção de seus poemas vem à luz. A Nova antologia poética lança um olhar renovado sobre a produção de um dos poetas que mais influenciaram a cultura brasileira do século XX, tanto na literatura quanto na música popular. A poesia de Vinicius de Moraes (1913-1980) é comumente dividida em duas fases distintas e antagônicas. A primeira, resultante de suas convicções cristãs, costuma ser definida como transcendental, metafísica e, muitas vezes, mística. A outra representaria um "movimento de aproximação do mundo material, com a difícil mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos", segundo o próprio poeta. Antonio Cicero e Eucanaã Ferraz rejeitam as leituras cristalizadas e os lugares comuns que se formaram em torno da obra do autor. O resultado é uma seleção que servirá tanto para apresentar Vinicius aos leitores não iniciados, como para oferecer ao público familiarizado com sua obra uma nova chave de compreensão. A pertinência da nova coletânea pode ser explicada por uma declaração de Drummond: "Daqui a vinte, trinta anos, uma nova geração julgará estética e não emocionalmente o poeta, com uma isenção que não somos capazes de ter. Eu acredito que a poesia dele sobreviverá, independentemente de modas e teorias, porque responde a apelos e necessidades de todo ser humano". A Nova antologia poética está sendo lançada como parte da comemoração dos 90 anos de nascimento do poeta. Vinicius chega ao século XXI como o autor de uma poesia viva e apaixonada, que, nas palavras do professor e crítico Antonio Candido, "combina de maneira admirável o requinte da fatura com a expressão íntegra das emoções".
Boa Leitura!!!

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