segunda-feira, 2 de maio de 2011

Literatura Brasileira

Ontem, 1º de maio, além dia do Trabalhador é também o dia da Literatura Nacional. Por isso, hoje prestigiaremos nossos escritores indicando obras consagradas e outras revelações "canarinhas".
Para começar, um dos melhores livros de nossa literatura no ano passado...A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr, que volta e meia fulgura na lista dos mais vendidos da Veja.

Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.


Dom Casmurro - Machado de Assis

Machado de Assis (1839-1908), escrevendo Dom Casmurro, produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de "olhos oblíquos e dissimulados", de "olhos de ressaca", Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam, o analisam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou. A alma de Capitu é, na verdade, um labirinto sem saída, um labirinto que Machado também já explorara em personagens como Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas) e Sofia (Quincas Borba), personagens construídas a partir da ambigüidade psicológica, como Jorge Luis Borges gostaria de ter inventado.

Lázarus - Georgette Silen

Mistério, romance, alta tecnologia, sangue e morte passam a cercar a vida de LauraVargas, museóloga brasileira, após ela aceitar um surpreendente e inesperado convite para assumir o cargo de curadora de arte no The City Museum of Art and Gallery, em Bristol, sudoeste da Inglaterra,a cidade natal da família de seu pai. Disposta a começar uma nova vida ao lado da filha adolescente, Cinthia, Laura se surpreende ao descobrir que nem todos são aquilo que aparentam ser e que a eternidade é muito mais do que um conceito, ou uma simples palavra, quando ela encontra o Lázarus e recebe dele o seu “dom”. Agora, Laura precisa fugir de seus perseguidores, interessados em obter a “cura” milagrosa para todos os males, o dom ofertado pela misteriosa criatura lendária, e que se concentra em seu sangue. Orelha do livro: “Olhei meu reflexo na janela do ônibus, para a estranha que me observava.Overda- deiro nome que eles procuram nunca pisou em solo brasileiro nos últimos meses, nem mesmo voltou de Bristol ou esteve por lá. Estava perdido talvez para sempre. Em meio aos pensamentos não percebi a pequena senhora ao meu lado cair no sono, com seu rosário nas mãos, a Bíblia ainda aberta e a luz interna acesa. Num gesto de déjavú, retirei lentamente a Bíblia de suas mãos para fechá-la e apagar a luz para que ela pudesse descansar. Mas assim que toquei no livro, meus olhos caíram para a página que ela estava lendo. Era o evangelho de João 11:12. Dito isso exclamou com voz forte: 'Lázaro, vem para fora!' O que estivera morto saiu, com as mãos e os pés amarrados com faixas e um pano em volta do rosto. Jesus então lhes disse: 'Desamarrai-o e deixai-o ir'. Aressurreição de Lázaro. Um forte estremecimento me tomou. Olhei para a mulher amamentando seu bebê tran- quilamente. Sim, o nome que eles procuram não será encontrado. Mas não é meu verdadeiro no- me o que importa. Para eles só uma coisa interessa: a cura.”

Grande Setào Veredas - João Guimarães Rosa

Nesta obra de Guimarães Rosa, o sertão é visto e vivido de uma maneira subjetiva e profunda, e não apenas como uma paisagem a ser descrita, ou como uma série de costumes que parecem pitorescos. Sua visão resulta de um processo de integração total entre o autor e a temática, e dessa integração a linguagem é o reflexo principal. Para contar o sertão, Guimarães Rosa utiliza-se do idioma do próprio sertão, falado por Riobaldo em sua extensa e perturbadora narrativa.
Encontramos em ´Grande Sertão-Veredas´ dimensões universais da condição humana - o amor, a morte, o sofrimento, o ódio, a alegria - retratadas através das lembranças do jagunço em suas aventuras no sertão mítico, e de seu amor impossível por Diadorim.


Entre outros...
Boa Leitura!!!

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